Bijin Violence

Retratos de pessoas belas (Bijinga), surgidos na era das imagens flutuantes (Ukyo-e), com um fino toque de violência. Assim é possivel delinear, de certo modo, o trabalho de Daisuke Ichiba. Nem de longe saberia definir se Ichiba é homem, mulher ou alguma outra coisa; para ver o trabalho, não me importa. Os traços misturam a delicadeza da produção de imagens típicamente orientais, onde é possível perceber a herança do Ukyo-e, com uma agonia violenta de quem fala sobre as profundezas mais horrendas da crueldade, do sadismo; da vontade de fazer sofrer. Ichiba apresenta, num aparentemente simples traço, retratos calmos, quase contemplativos, de cenas por muitas vezes perturbadoras, por outras; claramente grotescas e horrendas. Um quê de delírio, de alucinação, de fantástico é visívelmente presente nos desenhos, dando um sabor surreal e incomun; quase impróprio, pra os trabalhos.

É puro deleite para os apreciadores das coisas mais erradas já pensadas e vistas abaixo do sol.

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Ainda rola essa animação nóia alta aqui, feita apartir do trampo de Ichiba. O áudio é ridiculamente brochante, ponha no mudo e escute Jig-Ai; combina melhor.